O Diário de Maringá: Diabete ganha destaque

Diabete ganha destaque
Carla Guedes

A diabete matou 47% a mais em dez anos em Maringá. Em 2000, 63 maringaenses morreram em decorrência da doença. Em 2010, foram 93 vítimas da doença caracterizada pelo aumento anormal da taxa de açúcar no sangue. A diabete foi a quinta maior causa de mortes no ano passado e a sétima em dez anos.

O endocrinologia Sidney Senhorini Junior diz que esses números tendem a ser ainda maiores, já que a origem de centenas de infartos e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) é a diabete. "O atestado de óbito traz o infarto como a causa da morte, mas a origem pode estar na diabete, que participa de forma importante nas principais causas de mortes hoje no País", afirma o médico

Controle evita complicações

Segundo ele, o fato de a doença estar entre as dez causas de mortes mais comuns reflete o hábito de vida que a população adotou, com sedentarismo e alimentos de alto valor calórico. E as estatísticas tendem a se agravar.

"O fator genético dirá se apessoa será ou não diabético, mas o desenvolvimento da doença só depende das causas ambientais, se é sedentário e obeso", exemplifica. "No passado, as profissões não eram tão sedentárias e mesmo com o fator genético, o cidadão nem chegava a desenvolver a doença, mas hoje é diferente", diz.

Controle

A morte em decorrência de complicações da doença não é regra para nenhum diabético, só para os que não controlam as taxas e não seguem tratamento. "As complicações da diabete não são necessárias e se o paciente tratá-la desde o começo a doença não encurta e nem deteriora a vida".

O diagnóstico está avançado e agora o paciente tem condições de saber com cinco anos de antecedência se, no futuro, terá a doença. A diabete atinge ao menos 10% dos brasileiros, mas os médicos sabem que a cada paciente diagnosticado, existe outro que não sabe que é diabético.

Silenciosa e perigosa
811 pessoas morreram em Maringá entre 2000 e 2011 em consequência da diabete
50% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensivas cardíacas são diabéticos

Luana Alves

Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!

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