Ah, o amor, as paixões... É bom gostar de alguém e ter alguém gostando da gente e quando se é diabético nada muda! Nada muda fisicamente, mas dá umas incertezas que podem ser muito grandes...

Quando eu descobri a diabetes, em novembro de 2010, estava namorando há seis meses. Ele me apoiou, me ajudou a entender e a conviver com tudo o que a diabetes traz pro dia a dia da gente. Sou grata a ele até hoje por isso, não foi um momento nada fácil.

Mas aí as coisas se complicaram entre nós (por outros motivos, vale ressaltar) e o relacionamento acabou. E acreditem se quiser, minha maior preocupação era: como vou explicar tudo isso para outra pessoa??

Os meses foram passando e não precisei mais me preocupar com isso. Até começar a gostar de alguém. Está tudo lindo, naquela fase delicinha. E agora eu voltei a me perguntar: como explicar tudo pra ele? Preciso mesmo contar tudo?

Ainda não namoramos (aqui tem um pouco da precipitação feminina, é claro), então não parei para ter uma conversa sobre isso. Já disse que sou diabética, que meço a glicemia e tomo insulina, mas ele ainda não viu. E sei lá porquê, mas encasquetei com isso. E simplesmente não sei o que fazer. Como se entrar nesse mundo pudesse assustá-lo...

Não sei o que dizer, nem como dizer. Mas sei que um dia vou ter que falar algo. Vou ter que ensiná-lo a corrigir uma hipo e a identificá-la. Ensinar sobre o tipo 1 e 2 (porque me irrita gente que não sabe)... E principalmente, ele vai acabar me vendo tomando insulina ou medindo a glicemia.

Engraçado foi que eu já falei isso tudo pra um monte de gente e agora... Devo estar gostando mesmo dele!

Bom, prometo colocar aqui as cenas dos próximos capítulos!

Bjinhus