Diabetes no Trabalho

Oi, gente

Eu sempre disse por aqui como me sinto bem por falar da Diabetes no trabalho. Tenho uma relação muito bacana com a minha chefe que desde o começo me apoiou liberando para exames e acompanhamentos médicos.

É lógico que meu horário de trabalho hoje (das 13h às 22h) ajuda, pois uso o horário da manhã para as coisas que tenho que fazer, mas no começo a coisa toda foi meio caótica e corrida. E em nenhum momento ela me deixou na mão!

Hoje, minha chefe elogia como eu cuido da doença e até fala do blog para os conhecidos dela. O que eu acho super legal!

Lendo o artigo aí embaixo, fui tentando identificar alguns pontos. Tenho amigos que sabem o que fazer e ninguém faz brincadeiras maldosas. A Karen, que trabalha no mesmo horário que eu, até me lembra de medir a glicemia quando vamos almoçar juntas.

É lógico que vez ou outra surge algo que aborrece, como alguém que regula algo antes mesmo de saber se você pode ou não comer, ou faz uma piadinha besta. Mas o negócio é levar com leveza... Sorrir e dar um educado "chega pra lá"... Hahahahahaha

Tomei o cuidado de avisar gerente e diretores e até o plano de saúde, que é pago pela empresa. Acho que tudo isso é válido, afinal convivo mais com essa galera do que com a minha própria família na maioria dos dias!

Olhem o artigo da Glaucia Bechara, que foi publicado no Portal De Bem com a Vida. Vale muito a leitura:

Como lidar com o diagnóstico de diabetes no ambiente de trabalho

trabalhoO trabalho tem um efeito muito importante na vida humana que é vincular uma pessoa à realidade. O estar trabalhando atribui noções importantes a uma pessoa como o senso de identidade, a autoestima e o bem-estar psicológico. No trabalho, é possível demonstrar características centrais e definidoras da vida da maioria dos indivíduos e tem a função de prover as necessidades da vida e servir de canal para os talentos, as habilidades e os conhecimentos.
O local do trabalho é muitas vezes onde passamos a maior parte do dia.
Ao contar sobre algo que nos acontece demonstra maior ou menor intimidade. Porém no caso do diagnóstico de uma doença crônica, o contar ou não independe da intimidade.
Falar de um novo diagnóstico, do diabetes, depende de uma série de necessidades e compreensões de nós mesmos. Não há uma receita, porém é importante ter informações fundamentais para então passar sua nova condição adiante. Porém é importante estar preparado, pois existem pessoas que vão se assustar com a notícia e podem trazer alguns desdobramentos.
É importante que as pessoas que estão próximas a você saibam a respeito do Diabetes por uma necessidade. Por exemplo, em um caso de uma hipoglicemia, as pessoas podem te ajudar, realizando uma correção ou avisando profissionais que irão te socorrer.
Os superiores e/ou chefes terão em algum momento de saber da existência do Diabetes na sua vida, já que as pessoas com a condição precisam ter acompanhamento médico, e muitas delas precisam retirar insumos, nos postos de saúde. Por isso, é necessário informar sobre o diagnóstico, mas é necessário ter cuidado nesse procedimento, pois pode afetar seu trabalho. Por exemplo, se você é motorista de carretas e trabalha sozinho e não mantém um controle adequado, pode ser que sofra consequências disso e seu trabalho pode proporcionar risco de vida. Assim, é necessário conversar e ajustar novas estratégias. As informações a respeito do Diabetes e do tratamento vão determinar a vida e trabalho independente de ser o Diabetes tipo 1 ou 2. Quando há uma melhor adequação ao tratamento, parte dela fica mais visível aos olhos das pessoas e monitorar-se ou mesmo aplicar a insulina, ou tomar medicações tornam-se independente do que as pessoas irão pensar a respeito do outro e isso pode ser feito mais tranquilamente diante das outras pessoas ou não,  dependendo do constrangimento da pessoa.
Falando de constrangimento, é comum e saudável que no trabalho existam brincadeiras entre colegas nesse ambiente. Mas é preciso distinguir o limite entre uma piada aceitável e uma agressão. Isso acontece quando uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, feitas de maneira repetitiva, direcionado a qualquer evento, o Diabetes pode ser um deles. Colocar-se no lugar do outro é fundamental. Trocar papéis, e quando houver a recorrência destes atos, contra você, no seu trabalho é importantíssimo que haja sansões.
No trabalho também pode ser que haja contatos muito positivos para o tratamento, pessoas com informações e vivência com o Diabetes que têm experiência com a condição e que encaram uma forma tranquila, que talvez até tenham o contato de associações com outros pacientes com Diabetes. Esses colegas que têm sucesso no tratamento ou encaram de forma adequada e saudável podem ajudá-lo a propor para o seu setor uma dieta mais saudável ou até uma caminhada nos finais do dia para evitar trânsito. Ideias para a aquisição de hábitos saudáveis são fundamentais para uma boa qualidade de vida.
Glaucia Margonari Bechara - Psicóloga clínica. Mestre em Psicologia da Saúde. Educadora em Diabetes. Membro da equipe de educação da ADJ Diabetes Brasil.
Bjinhus

Luana Alves

Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!

Um comentário:

  1. http://www.diab-sextazul.blogspot.pt/2013/04/o-lado-bom-da-vida-de-trabalhador.html
    Engraçado que eu já tinha escrito há uns tempos atrás no meu blogue sobre exactamente os efeitos benéficos que a vida de trabalhador me está a dar... :)
    Um grande abraço!
    Davi

    ResponderExcluir