Olá, pessoal
Continuando a série de posts sobre o que está por vir no Encontro de Blogueiros Latino Americanos que vai acontecer em Los Angeles no mês que vem, o assunto da vez no grupo do whats foi o que é qualidade de vida para as pessoas com diabetes?
O debate começou por conta de um resultado de A1C e discutimos sobre até que ponto o resultado desse exame pode ser considerado importante? Você acha que vale mais um glicada de 6% com glicemias com picos de hiper e hipo ou uma glicemia mas equilibrada e uma glicada de uns 7,5%?
Eu considero que a glicada é apenas mais um dos exames, que mostra sim uma fotografia dos últimos três meses de tratamento, mas que não pode ser considerada sozinha. É preciso levar em consideração as medições diárias, a situação psicológica e física do paciente, se é uma criança, um adolescente ou um adulto e por aí vai.
As pessoas se prendem demais aos resultados de A1C e acabam esquecendo que os pacientes são pessoas e que é preciso ter flexibilidade. Não dá para congelar o tratamento em parâmetros fixos. Flexibilidade sim é que é para mim ter qualidade de vida quando falo em diabetes.
Saber que posso abrir uma exceção de vez em quando e comer aquele brigadeiro ou ainda que quando estou doente uma glicemia de 200 é "normal". Eu tenho que ser feliz independentemente de ter ou não diabetes. Eu tenho que ter consciência do que pode estar aumentando ou diminuindo a minha glicemia e ter o poder de decidir o que fazer quanto a isso.
Eu sou diferente de uma criança que brinca o dia inteiro ou de um adolescente que está mudando vendo seus hormônios pirarem e eles não sentem o stress do trabalho que eu sinto. Eu tenho TPM, enquanto meu amigo diabético não tem. Pão de queijo dispara minha glicemia, enquanto um conhecido tem a mesma reação com maçã, por exemplo.
Qualidade de vida é se conhecer, saber que pra você é preciso dormir com a glicemia em 180 para não dar hipo de madrugada ou ainda que é preciso de uma glicemia de pelo menos 150 para ir para a academia. Qualidade de vida é saber o que é melhor pra você. Existem parâmetros sim e é bom sempre tê-los em vista, mas não se prender a eles como se fossem algemas.
Por isso, sempre converse com seu médico, anote intercorrências como doença, stress, TPM... Leve detalhes para as consultas e se conheça. Se conheça sempre e cada vez mais!
Até a próxima!
Luana Alves
Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!
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Luana querida.
ResponderExcluirMuito bacana você levantar o debate sob a perspectiva da singularidade de cada pessoa. Vejo com preocupação nos grupos de diabetes do facebook uma certa fixação dos pacientes com os números da glicemia e da hemoglobina, que são apenas parte de um todo muito mais complexo que é viver bem com diabetes. Não somos nossa hemoglobina ou nossa glicemia, somos cidadãos com direito a viver de acordo com a nossa própria ideia de felicidade. Padronizar as pessoas por números é, além de prendê-las ao diagnóstico da patologia, marcá-las como um nicho de mercado consumidor. E isso não tem nada a ver com qualidade de vida!
Beijos,
Débora
Exatamente, Débora. Muita coisa se pré-estabeleceu em padrões que não podem e nem devem ser generalizados. O importante é cada um entender e saber o que é melhor para si! Muito obrigada pelo comentário! :)
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