O que a ADJ me ensinou...

Há alguns dias li um post no Facebook falando sobre as associações e sociedades citando a ADJ... Não conheço muito bem a pessoa, mas estou na ADJ há cinco anos e nunca a vi por lá. Mas o discurso foi, no mínimo, baixo.

Então me perguntei, como alguém que nem conhece o trabalho de uma associação da grandeza da ADJ pode julgá-la assim?

Em 2010, quando fui diagnosticada com diabetes, eu não sabia absolutamente nada sobre o assunto. Nem a médica que me atendeu, já que logo de cara eu fui diagnosticada como tipo 2. Na verdade, eu era tipo LADA, bem parecido com o tipo 1 só que mais lento, ou seja, deveria começar direto o tratamento com insulina. Coisa que não aconteceu.

Quase um mês tomando comprimidos (até cinco por dia), a glicemia subiu demais e eu acabei indo parar no hospital. Onde tomei minha primeira dose de insulina e fui diagnosticada corretamente. Mas mesmo lá me deparei com falhas, afinal o médico disse para aplicar a insulina apenas na barriga.

Até que um dia, fuçando a internet, encontrei informações sobre a ADJ Diabetes Brasil. Uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que oferece atendimento e orientação GRATUITOS a pacientes com diabetes. Por atendimento e orientação entendam atendimento nutricional, grupos de apoio, psicólogo, palestras, entre outras coisas. Ou melhor, tudo, menos endocrinologista.

Marquei um primeiro atendimento, um tipo de acolhida, onde uma enfermeira conversa com você, entende o seu caso e te indica os atendimentos que são mais interessantes para o seu caso. Eu fui direcionada para o dia a dia e para o atendimento nutricional (ainda achava que não poderia comer beterraba).

O dia a dia foi a melhor coisa que podia ter me acontecido naquele momento. Por um dia inteirinho assistimos palestras sobre diabetes, alimentação, atividade física, como medir a glicemia, como aplicar insulina. TUDO! E eu fazia tudo errado. Tudo mesmo!

Sai de lá outra pessoa. Mais confiante, acreditando que uma vida com diabetes era possível, acreditando que dava sim pra conviver bem com a doença. Coisa que até aquele momento eu ainda tinha dúvidas.

No atendimento nutricional, muitas outras coisas se esclareceram. Aprendi sobre a função dos alimentos, que temos que ter certos cuidados, a importância de manter o peso ideal, o risco e a necessidade do açúcar, o que é e como usar a contagem de carboidratos, etc, etc, etc...

E tudo isso DE GRAÇA. Sem pagar um centavo! A ADJ não cobra por nenhum atendimento, qualquer pessoa pode ser atendida, qualquer uma mesmo. Tudo é mantido por meio de doações de pessoas físicas, como você e eu, ou ainda de empresas.

Aproveito para pedir aqui o seu apoio, fazendo uma doação de qualquer valor para esse projeto tão grandioso e importante:


E para o querido colega só tenho a dizer que sinto muito por ele não ter tido a oportunidade de ver de perto o trabalho tão importante que a ADJ realiza. Poderia te-lo ajudado muito. Mas independente disso, nada dá o direito a ele de falar mal de um lugar que ajudou, ajuda e que com a colaboração de todos continuará ajudando muita gente!

Ajude você também. DOE!

Luana Alves

Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!

3 comentários:

  1. Sinto falta dos congressos da adj. Aprendi muito, principalmente que não precisamoa nos privar das coisas boas da vida.

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    1. Olá, Rosana! Os congressos eram ótimos também. Por isso, estamos pedindo a ajuda de todos para manter as atividades da associação e para também, quem sabe, retomar outras muito importantes como o Congresso! Obrigada por compartilhar sua opinião!

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  2. Sinto falta dos congressos da adj. Aprendi muito, principalmente que não precisamoa nos privar das coisas boas da vida.

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