[Mochilando] Cadê os adoçantes dos hostels?

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Se me perguntam, na alimentação, o que eu não ficaria sem sendo uma pessoa com diabetes? Eu te diria adoçante. Sim, adoçante, porque a comida dá para manejar contando os carboidratos, mas as bebidas... Isso pra mim não tem jeito, tem que ser sem açúcar e com adoçante. Sempre!

Mas eis que no mochilão me deparei com um problema que ainda não tinha vivenciado, não de forma tão recorrente. Os hostels no Peru e na Bolívia não tinham adoçante. Nenhum! Não era nem questão de opção, tem sucralose, mas não ter stevia, por exemplo. Não tinha adoçante nenhum.

No primeiro, em Lima, eu já achei estranho. Lima é uma cidade grande, moderna, bonita. Mas não tinha. Daí pra frente eu já nem tinha esperanças mais de encontrar. Engraçado é que eles sabiam o que era diabetes, entendiam a necessidade de guardar as insulinas na geladeira, tomavam um baita cuidado e tudo o mais, mas simplesmente ignoravam o fato de que algumas pessoas não podem ou preferem não ingerir açúcar.

E foi então que eu lembrei de um evento em que participei em Bogotá com uma médica brasileira chamada Gisela Savioli, super ligada nessas coisas naturebas, e ela me disse que para adquirir um novo hábito precisamos praticá-lo por 20 dias (ou algo em torno desse tanto de dias).

Resolvi então tomar as bebidas sem açúcar por 20 dias. Café sem açúcar, chás sem açúcar, sucos sem açúcar eu já tomava. No começo foi super estranho. Tudo parecia mais forte. Mas depois de um tempo já parecia fazer parte de mim. Assim passei por Lima, Cuzco, toda a trilha Salkantay, Machu Pichu, La Paz, Uyuni e Atacama... 20 dias inteirinhos sem adoçante ou açúcar na bebida.

Chegando em Santigo, no Chile, tinha o tal do adoçante. Tomei no primeiro dia, aquele sentimento de saudade por vê-lo finalmente depois de tanto tempo, e aí quis tomar sem depois. Parece que o gosto das coisas fica mais evidente sem nada para adoçar.

Hoje, de volta a vida real, tenho tomado sem. Às vezes tomo com, mais por hábito de ainda colocar do que por sentir falta. E estou gostando de ter passado pela experiência.

Para aqueles que não se imaginam sem isso, fica a dica, sempre levar uma versão pequena do adoçante na bolsa. Uma com menos de 100ml, assim já pode ir com você na bagagem de mão e estar sempre por perto.

Até a próxima!

Luana Alves

Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!

3 comentários:

  1. Luana
    sempre observo a falta de adoçantes, quando fiz mochilão no Chile e Bolívia passei todos os dias do tour do salar de uyuni tomando amargo (e achando horrível )=), tenho levado um pequeno na bolsa por onde vou, mas quem sabe animo de deixar ele um pouco de lado depois do seu "testemunho"...

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    1. Olá, Camila

      No começo a gente estranha mesmo e eu mesma achei que não aguentaria e que teria que comprar um, mas é interesse como depois dos 20 dias faz um click e a gente passa a sentir o sabor de maneira diferente. Eu adorei o tour do Uyuni e você? Obrigada pelo comentário!

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