#DomandoADiabetes: A importância do monitoramento glicêmico

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E chegamos ao quinto mês do Domando a Diabetes! Viva! E o tema deste mês é Monitoramento Glicêmico. Para alguns, o assunto é meio óbvio, mas acreditem muitas pessoas com diabetes ignoram a necessidade de fazer um bom monitoramento glicêmico. E mais, o quanto isso é relevante para um tratamento eficiente.

Então nada melhor do que começar falando sobre a importância de fazer um bom monitoramento glicêmico!

Antes uma pergunta muito simples: SEM MEDIR, VOCÊ SABE QUANTO ESTÁ A SUA GLICEMIA AGORA?

Já ouvi pessoas falando que sabem se está alta porque a boca fica seca. Ou que está baixa porque está meio fraco. Mas você sabe EXATAMENTE quanto está sua glicemia? Então eu te desafio: escreva em um papel quanto você acha. Tem que ser um número exato. Agora, mede a glicemia e me diz (pode ser aqui nos comentários mesmo) se bateu certinho com o número no papel.

Não??? Pois é, eu acredito que não mesmo! Isso porque o processo feito pelo glicossímetro para medir a glicemia nesta gotinha de sangue é complexo demais para que você o reproduza por simples sensações corporais. Assim concluímos o primeiro ponto importante de se medir a glicemia:

#1
Saber quanto está exatamente a sua glicemia!

Somente sabendo EXATAMENTE o valor da sua glicemia é que você pode ter certeza sobre o andamento bom ou ruim do seu tratamento. E a partir daí tomar decisões de melhora ou manutenção do mesmo. Porque não temos como decidir o quanto de insulina tomar ou até mesmo se devemos ou não tomá-la sem saber valores exatos e corretos. Então, meus amigos, aquela simples sensação de boca seca, não vai te ajudar a decidir quantas unidades são necessárias para normalizar a situação.

O desenvolvimento do automonitoramento glicêmico revolucionou o manejo da diabetes. Este método é bastante útil para a avaliação do controle glicêmico, de modo complementar à dosagem de HbA1c, e permite que os próprios pacientes identifiquem a glicemia capilar (GC) em diversos momentos do dia e possam atuar corrigindo rapidamente picos hiperglicêmicos ou episódios de hipoglicemia.
E esse é então, o segundo ponto de importância para que vocês façam um automonitoramento decente:

#2
Poder tomar decisões corretas no dia a dia do tratamento

Sem tomar mais ou menos insulina do que o necessário você mantém os níveis corretos e reduz possíveis riscos.

E não é só para você que os números são importantes. Quantas vezes, a hemoglobina glicada já não deu resultados incoerentes com o nosso dia a dia ou ainda que não mostram a realidade do nosso cotidiano. Como assim? Vou dar um exemplo: sua hemoglobina glicada deu 7%, o que pode parecer muito bom. Mas vendo os controles glicêmicos o seu médico pode perceber que suas glicemias andam variando bastante. Uma alta variabilidade glicêmica pode trazer complicações futuras, mesmo que sua glicada tenha sido sempre ótima! Ou seja, o controle glicêmico:

Pode ser usado para tomada de decisões sobre a dose de insulina a ser utilizada em tempo real. Permite ainda ajustes de insulina de forma retrospectiva, nas consultas médicas, com base nos resultados obtidos ao longo de semanas e meses. 

Se seu médico não conhecer o seu dia a dia, o tratamento designado por ele pode estar incorreto. Quanto mais informação, melhor para você e para ele. Chegamos então ao terceiro ponto de importância:

#3
Dar ao seu médico os dados necessários para que ele possa desenhar um bom tratamento para você!

Enfim, pode parecer chato e até dolorido ter que medir várias vezes ao dia e anotar tudo isso. Mas vai por mim, é extremamente necessário pois somente com as medições você saberá como o seu corpo está reagindo de verdade a tudo o que você faz. Como saber se pão de queijo precisa de mais ou menos insulina do que o pão de batata? Às vezes, somente a contagem não nos mostra que somos mais sensíveis aos carboidratos do polvilho do que aos da batata.

E chegamos ao quarto ponto de importância:

#4
Entender como o nosso organismo reage a cada coisa que fazemos

Somente medindo é possível entender quais alimentos mexem mais com as nossas glicemias ou ainda que tipo de atividade física tem potencial para gerar aquela baita hipoglicemia.

O método permite redução do risco de hipoglicemias e melhor entendimento do efeito dos diversos alimentos, do estresse e dos exercícios sobre a glicemia. 

Enfim, independente desses quatro pontos vale ressaltar que não dá para adivinhar a glicemia. É preciso medir sempre! Principalmente porque o ajuste do tratamento da diabetes é baseado nos erros e acertos do nosso dia a dia. Então não menospreze a importância deste conjunto de números. Mesmo que para isso seja preciso uns tantos furos, algumas tantas gotas de sangue, papel, caneta ou aplicativos.

Aliás, esses serão os assuntos dos próximos posts. Continue acompanhando a série, que está muito bacana! E não esqueça de deixar o seu comentário! Está gostando? Sentiu falta de algum ponto? Conte pra mim!

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Fontes:
http://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-tipo-2/010-Diretrizes-SBD-Metodos-para-Avaliacao-pg110.pdf

Luana Alves

Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!

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