Já falamos no post anterior sobre a importância de consultar os seus médicos antes de viajar.
Mas tem um outro passo tão importante quanto: garantir que você encontrará, onde vai, assistência médica e farmacêutica, caso precise. Vou usar aqui como exemplo a viagem que fiz pra Bonito, no Mato Grosso do Sul!
Isso significa:
a) Encontrar pelo menos uma farmácia onde você possa comprar insulinas e medicamentos
No ano em questão eu fiquei no Brasil mesmo, mas já tive que entrar em contato com diabéticos em outros países como Portugal e Estados Unidos que estivessem dispostos a me ajudar a comprar ou a me vender se eu precisasse.
É claro que eu levo sempre pelo menos o dobro do que vou precisar, mas vai que dá uma cagada daquelas. Temos que estar sempre preparados.
Para Bonito, minha estratégia foi simples, procurei as farmácias no Google e entrei em contato para saber quem tinha, assim já teria uma listinha de pelo menos umas duas farmácias que pudessem me atender.
Por isso, o passo 1 anterior é importante: para você ter em mãos receitas atuais que possa utilizar sem problemas. E se você vai pra outro país, já pede pro seu médico receita na língua local, nem que você tenha que usar essa receita pra mostrar pra um médico de lá, caso você precise de uma receita do país, como acontece nos Estados Unidos, por exemplo.
E o bom de já chamar pra perguntar é que você já fica com o contato organizado no celular:
É muito importante também garantir que o hotel que você vai ficar tem um lugar pra você armazenar o que você tem de reserva, aquele a mais que você tá levando. Eu por exemplo tô indo com uma caneta Lantus aberta e uma humalog de potinho de 10 ml na metade, então vou levar mais um de cada. E preciso de uma geladeira pra deixar tudo certinho. Neste caso, abaixo, eu vi nas fotos que eles tinham geladeira, por isso fechei antes mesmo de perguntar. Mas perguntei pra confirmar e pra já deixar o pessoal do hostel ciente:
Quando pelo site eu não consigo ver e não tem como falar com o proprietário antes, eu opto pelos que tem cancelamento grátis, assim depois de fechar aparece um contato e consigo confirmar antes do pagamento.
E acredite, já aconteceu de dar tudo errado. Como em Madrid, que a moça não me entendeu direito e disse que tinha, mas chegando lá eram aquelas máquinas de refri do corredor hahahahaha
Conclusão: tive que improvisar e pedi pro restaurante do hostel que servia o café da manhã o favor de guardar pra mim. E deu tudo certo. Mas agora pergunto duas vezes e reforço pra ver se entenderam direito. E melhorei meu espanhol, é claro!
Ah, e já leva um potinho etiquetado com seu nome e explicando o que é e que não é pra mexer. Na língua local e em inglês, acredite é muito importante pra não tirarem do local e nem jogarem fora. Isso se você for do estilo aventureiro que fica em hostel com uma cambada de gente, é óbvio. Mas tem hotel que limpa o frigobar também, então não fica bestando!
b) Ter certeza que você terá atendimento médico adequado caso precise de um
A melhor opção é sempre ter um seguro viagem. Sempre fiz e nunca precisei, é barato, cobre quase todos os problemas que você pode vir a ter e te assegura que num perrengue você vai ser atendido e vai voltar pra casa. Isso é o mais importante.
Nas minhas primeira viagens fiz a pesquisa pela Seguros Promo e acabei fechando Assist Card. Nunca precisei, graças a Deus, mas só de saber que tinha eu já me sentia segura. Nas últimas, eu tinha cartão de crédito que tinha seguro viagem, então usei ele mesmo.
Quando fui pra África, embarquei um dia depois de ter alta de uma infecção renal, com antibióticos na mão e uma mãe desesperada de eu passar mal lá do outro lado do Atlântico. Não usei, mas tanto eu quanto ela ficamos um pouco mais tranquilas por saber que qualquer problema eu teria pra onde recorrer. É paz no coração, gente! Vale a pena.
Tem uns detalhes que vão vale um outro post como o fato de que nem toda insulina que você leva precisa estar refrigerada o tempo todo. Mas eu vou falar sobre isso em detalhes mais pra frente!
No próximo post darei mais dicas! Fica por aí!
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