[Mochilando] Armazenando a insulina

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Já falei aqui sobre a trilha Salkantay e também sobre o walking tour que eu fiz no Chile... Vocês devem então estar se perguntando como é que levei insulina pra tudo sem estragar nenhuma. E a resposta é simples: PLANEJAMENTO!

Ok, eu gosto de um bom planejamento, mas não foi nenhum bicho de sete cabeças não. Também não atrapalhou o resto da viagem e muito menos diminuiu o meu entusiasmo com tudo o que eu tinha que fazer.

Antes de mais nada, calculei a quantidade de insulina que eu usaria para fazer a viagem toda. Depois fiz um levantamento dos hostels, garantindo que em todos (troquei e-mails mesmo com os gerentes) eu poderia colocar as insulinas excedentes em uma geladeira. Assim, quando eu fui fazer a trilha de Salkantay levei o necessário deixando o restante no hostel, já que ia rolar acampamento sem nada no meio da montanha.

Para a travessia do Deserto de Uyuni, como eu não voltaria para onde sai, levei tudo comigo, colocando durante à noite na geladeira tanto a insulina, na parte de baixo, quanto o gelo no congelador. Os hostels eram simples, mas tinham geladeira! E assim eu garantia as 10, 12 horas de viagem do dia seguinte.

Outro cuidado foi carregar uma bolsinha térmica menor para os locais mais quentes, como o Deserto do Atacama. Para os passeios de dia, eu colocava a insulina em uso nela, sem gelo mesmo, apenas para garantir que elas não ficariam em uma temperatura quente demais.

Acabei nem usando toda a insulina que levei, porque andei bastante, fiz trilha e outras coisinhas e tive que diminuir a insulina basal e rápida em alguns casos. Mas nada foi danificado, funcionou direitinho e eu voltei linda e com glicemias sob controle.

Resumindo então:

1) Calcule o total de insulina que vai usar com base nos seus dias normais, acrescente a esse total mais 50%, porque vai que né.

2) Garanta que os lugares em que pretende se hospedar tem local para deixar as insulinas e que você poderá usar a geladeira.

3) Se for fazer trilha com pouca infraestrutura, estude a possibilidade de deixar uma parcela do que você levou no hostel para onde vai voltar. Se não vai voltar, garanta algum método de renovar a sua refrigeração pelo menos uma vez por dia.

4) Tenha uma bolsinha térmica pequena pra levar em passeios. Tanto os muito quentes quanto os muito frios!

E divirta-se!!! Como eu sempre digo, não há nada que não possamos fazer por causa da diabetes. Mas tudo pode ser bem mais complicado se não planejarmos!

Até a próxima!

Luana Alves

Tenho mania de escrever e de ver sempre o lado bom das coisas. Com diabetes desde 2010, acredito que uma vida controlada e divertida é possível sim. Jornalista, creio que posso ajudar os outros a acreditar também. Que saber mais sobre mim? Clica aqui!

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